sábado, 18 de outubro de 2008
Estado de saúde da ex-namorada do seqüestrador piora, diz médica
SÃO PAULO - Piorou o estado de saúde da adolescente Eloá Pimentel, de 15 anos, ex-namorada do seqüestrador Lindemberg Fernandes Alves. O neurocirurgião Marco Setti afirmou que a adolescente, baleada na cabeça durante o seqüestro que durou 100 horas, em Santo André, na Grande São Paulo, está sendo retirada do coma induzido. O médico afirma que o estado dela é gravíssimo e há risco de ela entrar em morte cerebral. A bala, de acordo com o médico, entrou pelo lado direito do crânio e fez uma trajetória descendente até parar no cerebelo esquerdo, perto da nuca. O projétil não pôde ser retirado do local. Segundo ele, o tiro parece ter sido disparado bem próximo da cabeça da vítima, por causa do tipo de dano causado.
- Após cirurgia (realizada na noite de sexta-feira), a Eloá apresentava sinais neurológicos favoráveis. Agora ela não apresenta mais esses sinais - afirma o médico, acrescentando que a piora foi significativa e que há poucas chances de sobrevivência.
- Esperamos que ela sobreviva, mas está muito grave -afirmou Rosa Aguiar, diretora do Centro Hospitalar SAnto André, onde Eloá está internada. , acrescentando que Eloá precisou ser submetida a transfusões de sangue durante a noite.
Eloá Cristina Pimentel Silva e Nayara Rodrigues Vieira, ambas de 15 anos, foram baleadas após 100 horas de seqüestro em Santo André. Eloá levou dois tiros, um na cabeça e outro na virilha, e está em coma. Ela perdeu muita massa encefálica e seu estado é gravíssimo. Nayara foi baleada na boca, mas não corre risco de morrer.
Eloá está na Unidade de Terapia Intensiva. Ela já foi operada na noite de sexta-feira. Os na área conhecida como cerebelo, afirma a médica Rosa Aguiar. Em entrevista, diretores do hospital informaram que, numa escala de 1 a 10, o risco de morte é 9. Eles também não têm condições de dizer se ela ficará com seqüelas caso sobreviva.
A outra adolescente baleada, Nayara Rodrigues, está bem, segundo a médica. Nayara está na unidade semi-intensiva, mas está consciente e conversa com os médicos. De acordo com Rosa Aguiar, ela pode ter alta em até 10 dias. Segundo a médica, os profissionais que atendem Nayara não perguntam sobre o seqüestro. Ela afirmou que a menina ainda não tem condições de prestar depoimento à polícia.
O pai de Eloá está internado no mesmo hospital. Ele foi sedado depois de entrar em choque com o fim trágico do seqüestro, que durou mais de 100 horas. Segundo Rosa Aguiar, a mãe da adolescente já foi liberada e está em casa.
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