quarta-feira, 19 de novembro de 2008
BRASIL: ACOMODAÇÃO E O MEDO DE TOMAR POSIÇÃO.
Nosso país tem lá suas coisas estranhas. Vivemos ao mesmo temp uma realidade de país economicamente desenvolvido e de país extremamente miserável. E, para que se constate isto, muitas vezes basta que você vire uma esquina ou entre numa rua do mesmo bairro para perceber os enormes abismos que permeiam nossa sociedade.
Muitos desses abismos se devem a um fenômeno cultural estranho que se abate sobre nosso povo como em nenhum outro ao redor do planeta: A acomodação.
Em todas as esferas o povo brasileiro reclama muito; mas assiste conformado às maiores barbaridades possíveis sendo cometidas por todo tipo de pessoa de forma indiscriminada. Um aspecto onde a acomodação e o medo de tomar uma decisão forte é especialmente pernicioso é na área do combate a violência.
Determinadas ações dos marginais deixaram, faz muito tempo, de serem simples crimes comuns e já beiram a ações terroristas. Embora tenhamos eis que possam ser usadas para combater duramente a ação dessas quadrilhas, ficamos com medo de usá-las porque fazer isso seria assumir que essas ações são o que são: Terrorismo.
E assumir esse fato implicaria em submetermos aos olhares de organismos mundiais internacionais e isso é algo que nosso governo teme muito mais do que a morte indiscriminada de cidadãos inocentes. A ação de traficantes que dinamitaram uma delegacia de polícia no interior de São Paulo e de vários ataques a unidades policiais no Rio de Janeiro; refletem muito bem o perfil de ações terroristas que são praticadas em várias partes do mundo.
Nossa constituição abriga dispositivos que permitiriam aos governos estatuais e federais usar de instrumentos fortes para impedir e intimidar os marginais que hoje tomam nossas cidades de assalto e fazem o que querem escoltados pela pressão das entidades de direitos humanos e por uma postura idiota e submissa de nossas autoridades que se preocupam em “ficar bem na foto” e permitem que atrocidades sejam cometidas sem que usem os instrumentos legais possíveis para combatê-las apenas para evitarem possíveis constrangimentos internacionais e os famosos “dedos acusadores” de países que se apressarão em colocar-se “acima de nós”.
Mas e daí? O que interessa isso a nossa população? Grandes nações não lidam ou lidaram com problemas semelhantes de forma dura e cortaram na própria carne quando a situação ficou insustentável?
Abandonar a hipocrisia e parar de pensar no que os outros falarão de nós será o primeiro passo para usarmos os dispositivos constitucionais cabíveis que permitirão a virada para a melhor na vida de nossa população e na punição rigorosa e exemplar de criminosos que se acham acima das leis e contam com a leniência de um judiciário antiquado e preocupado em manter o excesso de privilégios; com legisladores que criam leis deficientes e dispositivos de proteção com o único intuito de impedirem que eles mesmos sejam vítimas de leis duras e de um poder executivo que se abaixa e se submete a menor menção de pressão de qualquer O.N.G. internacional ou nacional que fale um pouco mais grosso ou que ameace a figura de “bom moço” que nosso país tem na política internacional.
Pense nisso.
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