A Polícia Civil do Rio prendeu nesta quinta-feira Luciano Guinâncio Guimarães, filho do vereador Jerônimo Guimarães (PMDB), o Jerominho, acusado de ser um dos líderes da milícia Liga da Justiça, que atua na zona oeste da cidade. O filho do vereador também está entre os 18 acusados de serem os autores da chacina na favela do Barbante, em Campo Grande (zona oeste do Rio), no dia 19 de agosto. Ele teria participado pessoalmente das mortes.
Guimarães foi preso por policiais da 35ª Delegacia de Polícia (Campo Grande) em Barbacena (MG), na manhã de hoje. Jerominho e seu irmão, o deputado estadual Natalino Guimarães (sem partido) estão presos sob acusação de chefiar a Liga da Justiça.
Oito moradores da favela, que não tinham envolvimento com crimes, foram assassinados por homens encapuzados e armados de fuzil, que entraram na favela e atiraram aleatoriamente, atingindo os moradores, de acordo com o inquérito da 35ª DP.
A polícia concluiu que os responsáveis pela chacina são integrantes da milícia Liga da Justiça, composta, segundo o delegado Marcus Neves, por policiais e bombeiros da ativa e da reserva.
Segundo Neves, os milicianos forjaram uma invasão de traficantes à favela --uma das áreas de atuação da Liga da Justiça-- para reconquistar a confiança dos moradores. Poucas semanas antes do crime, o grupo miliciano perdeu o controle de ao menos duas favelas da zona oeste para traficantes.
A polícia não informou se Guimarães possui advogado de defesa.
Família
A irmã de Guimarães, a candidata a vereadora do Rio Carminha Jerominho (PT do B) foi presa pela Polícia Federal no dia 29 de agosto, junto com mais dez pessoas. De acordo com a PF, a campanha de Carminha teria sido financiada por atividades ilegais da Liga da Justiça.
Os milicianos, entre eles policiais, obrigavam moradores da zona oeste a votar e fazer campanha pela candidata, segundo a PF.
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