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terça-feira, 30 de setembro de 2008

PF indicia 110 por fraude na Assembléia de Alagoas


A Polícia Federal em Alagoas indiciou 110 pessoas na Operação Taturana, de combate à sonegação fiscal, à obtenção fraudulenta de financiamentos bancários e à lavagem de dinheiro. O esquema teria desviado R$ 280 milhões da Assembléia Legislativa do Estado em cinco anos.Segundo a PF, foram indiciados 15 deputados, 11 ex-deputados, dois prefeitos, três secretários municipais, cinco candidatos às eleições municipais, seis bancários, dois funcionários do Bradesco, 30 funcionários da Assembléia Legislativa e 10 familiares de políticos.

"O que nós descobrimos foi uma quadrilha que existia dentro da Assembléia. Eles agiam como piranhas, roubando dinheiro público", disse o superintendente da PF, José Pinto de Luna. Segundo ele, existem provas "contundentes" das fraudes.

Durante as investigações, que tiveram início em maio de 2005, foram ouvidas 399 pessoas e produzidos 233 laudos. Luna afirmou que o inquérito será enviado ao Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5) e ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), já que o deputado Cícero Ferro (PMN) foi nomeado conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE) e tem direito a foro privilegiado.

O inquérito da Polícia Federal pede o seqüestro dos bens dos acusados, entre eles eles cinco mansões que ficam em um condomínio de luxo, apartamentos que fica à beira-mar e fazendas. "Eles são quadrilheiros, ladrões", disse Luna.

Fraude eleitoral
De acordo com o inquérito, a verba da Assembléia Legislativa servia para bancar as eleições no Estado. Segundo o relatório, o deputado estadual afastado Cícero Ferro (PMN) pagou R$ 4 milhões por votos em 2006.

"Ele tinha até o cadastro de compra de votos no próprio computador, com a foto do eleitor, o número do título e o que ele deu para esse eleitor, como sacos de cimento", disse o delegado responsável pelas investigações, Jandelyer Gomes.

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